No Brasil, o Réveillon tem um significado mais do que especial. A ocasião é uma das datas comemorativas mais aguardadas do ano pelos brasileiros e é marcada por uma série de celebrações, superstições e simpatias que nos fazem crer em um contagiante espírito de transformação. É a hora da renovação. Da limpeza. Época em que pode-se extravasar sem culpa. Vestir-se de branco, pular sete ondas e outras tantas coisas mais.
Mas como é a festa em outros países? A Quickly Travel, agência especializada no destino Japão e uma das subdistribuidoras oficiais de ingressos para os Jogos Olímpicos de Tokyo te conta como é a tradição da virada em 8 países diferentes. Confira:
Tokyo, Japão
Queima de fogos? Esqueça essa ideia! Os japoneses celebram a chegada de um novo ano ao som de nada mais nada menos que 108 badaladas de um ritual budista chamado Joya no Kane. Segundo a crença local, o número representa todos os pecados do homem e a prática serve para purificar as pessoas. A 108ª badalada, como pode-se imaginar, ocorre exatamente à 00h.
No dia 1º de janeiro, os japoneses costumam levantar bem cedo para assistirem o nascer do sol num ritual chamado Hatsuhinode. O dia também é marcado por visitas a templos budistas ou santuários xintoístas, onde os locais podem rezar por saúde e felicidade durante o novo ciclo.
Sofia, Bulgária
Beijos, abraços e votos de bom ano? Que nada! Na Bulgária a população anuncia a chegada de mais um ano dando tapinhas nas costas das pessoas para desejar saúde, riqueza e, claro, boa sorte neste novo ciclo. O Réveillon búlgaro também nos apresenta outra tradição pra lá de diferente. No dia 1º os homens costumam se vestir de “monstros” para espantar os maus espíritos.
Edimburgo, Escócia
Os escoceses costumam comemorar o Réveillon com muita festa. E agito é o que não falta. Em Edimburgo, por exemplo, os festejos começam no dia 31 de dezembro e se estendem até o dia 2 ou 3 de janeiro. São três dias de celebrações no que eles costumam chamar de Hogmanay – palavra escocesa para o último dia do ano. Nem mesmo as baixas temperaturas do inverno são capazes de colocar freio na música, nos desfiles típicos e nas apresentações circenses que tomam conta das ruas e dos jardins da capital escocesa.
Entre as muitas tradições escocesas de Réveillon, a mais famosa é a troca de biscoitos, bolo e, claro, Uísque. Eles acreditam que a troca trará sorte.
Sidney, Austrália
Talvez, nenhuma outra festa de Réveillon no mundo se pareça tanto com a do Brasil como a de Sidney, na Austrália. A sua inconfundível e espetacular queima de fogos, entre a Harbour Bridge e a Ópera House, é considerada, ao lado de Copacabana, no Rio de Janeiro, como uma das mais belas e concorridas do mundo.
Mas apesar das semelhanças, nem tudo é igual. A começar pela preocupação dos australianos com as crianças. Para que elas não precisem ficar acordadas até tarde e disputando espaço com os adultos para acompanhar o show pirotécnico da virada, a prefeitura criou uma “pré-queima de fogos”, que acontece às 21h do dia 31. Fora isso, vale registrar que não é costume por lá usar branco. Aliás, em quase nenhum lugar é assim.
Roma, Itália
A fama dos italianos em serem extremamente supersticiosos pode ser facilmente confirmada na noite de San Silvestro – véspera de ano novo. Na velha bota, é costume, mesmo em grandes cidades, como Roma, Milão, Nápoles, entre outras, atear coisas velhas pela janela à 00h para dar espaço a um novo começo. A tradição, no entanto, está desaparecendo com o tempo por ser considerada perigosa.
Os italianos, assim como os brasileiros, também costumam consumir lentilha e uvas para garantir sorte durante os próximos 12 meses. Outra coisa muito comum na Itália é a preocupação com a cor da roupa íntima. Em Roma, há ainda a também perigosa tradição de saltar da ponte no Rio Tibre, para alcançar a felicidade.
Punta del Este, Uruguay
Depois de Copacabana, no Rio de Janeiro, nenhuma outra festa de Réveillon é tão concorrida e divertida na América do Sul quanto à de Punta del Este. Os Argentinos que o digam! O balneário ferve. Festas e mais festas pipocam por todos os lados em boates e casas noturnas como a Ovo Beach Nightclub, do Enjoy Punta del Este, ou nas belas praias da região, onde é possível participar de baladas em paradores de praia e acompanhar a queima de fogos.
Nova York, EUA
A virada do ano de Nova York, na Times Square, é, sem sombra de dúvidas, uma das mais famosas do mundo. Muita gente sonha em acompanhar de perto a tão aguardada “queda da bola” do alto do Edifício One Times Square. Mas o que nem tão pouca gente assim sabe, é que o programa, apesar de divertido de se acompanhar pela TV, é um belo de um Perrengue Chique!
A queima de fogos, por mais bela que seja, reúne uma grande quantidade de pessoas em temperaturas cada vez mais baixas. O que torna a experiência um tanto quanto complicada. Fora isso, a tal queda da bola, que ocorre religiosamente desde 1908, é um espetáculo com meros 60 segundos de duração. Pouco para quem precisou encarar uma multidão por horas e horas no frio. Este ano, por conta da pandemia causada pela COVID-19, o espetáculo será online.
Berlim, Alemanha
Em Berlim, um grande palco, montado em frente ao Portão de Brandenburgo, é o grande responsável por agitar uma das mais famosas festas de Réveillon do mundo. Uma espetacular queima de fogos e muitas barracas de comidinhas e cerveja ditam o ritmo da comemoração alemã.