A aura que envolve o Honda Civic, que já durante mais de uma década retém o posto de ser um dos carros mais desejados entre os brasileiros, faz dele um automóvel completo. Mesmo em sua versão de entrada, é um sedan que cativa pela ousadia estética, sempre em destaque, principalmente na geração atual. É por causa dessa ousadia que a trajetória do mais popular automóvel da Honda é muito interessante.
A décima e última geração, mais uma vez esbanja estilo e ousadia, com faróis e lanternas de formatos surpreendentes. Pode-se dizer que o Honda Civic é um daqueles automóveis que conquista seu público, que segue com ele por várias gerações. A versão EXL (aqui avaliada) é a versão top da família, entre aquelas que utilizam motor 2.0 flex aspirado, uma vez que há ainda o Civic Touring, com motor 1.5 turbo. Além do ELX, há o EX, o Sport e o LX, todos 2.0 flex com câmbio CVT.
Design
No visual, o para-choque foi redesenhado, ganhou acabamento cromado na grade frontal e nas molduras laterais do para-choque. As colunas das portas receberam cor preto brilhante, já as rodas em liga leve de 17 polegadas e dez raios são novas, com acabamento na cor grafite brilhante. A traseira recebeu detalhe cromado na parte inferior do para-choque.
Por dentro, sensação de “nave espacial” continua com um painel de instrumentos complexo e complementado por comandos no volante e no console central, além de uma posição de dirigir bem esportiva. Esse é um dos pontos altos do carro.
Tecnologia
O pacote de equipamentos é completo: arcondicionado digital, freio de estacionamento eletrônico com função Brake-Hold (ao parar o veículo não é necessário manter o pé no pedal do freio), controle de cruzeiro, botão ECON de modo de condução econômico, vidros elétricos nas quatro portas com função um-toque, sistema de áudio com tela tátil de sete polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay, comandos no volante, câmera de ré e direção com assistência elétrica.
Outra novidade tecnológica incorporada na linha 2020 é o sistema que monitora a pressão dos pneus. Funciona em controle de estabilidade e tração. Quando um dos pneus tem a pressão reduzida, uma luz amarela acende no painel, mas não informa no mostrador do painel a pressão. Novidade também o sensor de chuva e o sistema que elimina a chave para a abrir o veículo e dar a partida, a operação é feita por meio do sensor de proximidade e botão. O ar-condicionado é de duas zonas e a saída de ventilação foi incluída para os ocupantes do banco traseiro.
Performance
O motor de 155 cv combinado ao câmbio CVT faz do Civic 2020 um automóvel muito confortável, em termos de dirigibilidade. Este modelo marca o fim da oferta do câmbio manual de 6 marchas, antes oferecido na versão Sport. Agora quem quiser o sedã médio só o encontrará com a transmissão automática do tipo CVT. Para quem ainda não entendeu a finalidade e as vantagens de um câmbio continuamente variável, o CVT do Civic simula eletronicamente a presença de sete marchas virtuais, inclusive com a opção de trocas manuais, na borboleta situada no volante.
Outra qualidade do sedã Honda é a dirigibilidade, graças ao acerto das suspensões independentes (McPherson na dianteira e multibraço na traseira) e a calibragem da direção eletro-assistida progressiva. Nas ruas, absorve bem os impactos causados por imperfeições no asfalto, proporcionando conforto aos ocupantes. O auxílio elétrico da direção com eletroassistência regressiva com a velocidade é bem ajustado, mas é firme quando exigido em curvas severas com velocidade elevada. Em nossos testes, a versão EXL do Honda Civic mostrou bom desempenho para um carro deste porte. Gastou 10s para ir de 0 a 100 km/h.
Com preço sugerido de R$ 112.600, apesar das poucas mudanças visuais, o Honda Civic EXL é um sedã que chama a atenção por causa do visual, mas preservou a tradição de ser um carro confiável e muito confortável para os ocupantes.