Carol Seubert é uma DJ e produtora musical brasileira que tem se destacado no cenário da música eletrônica. Com um estilo que transita entre House, Tech House e Afro House, ela já se apresentou nos principais festivais do país e em diversas partes do mundo, incluindo China, Croácia, Itália, Costa Rica, México, República Dominicana e Paraguai. Com mais de um milhão de plays no Spotify, Carol é uma das grandes promessas da cena eletrônica e tem conquistado cada vez mais espaço com sua autenticidade e talento.
Além de suas performances marcantes, Carol também é reconhecida por sua luta pela representatividade feminina na indústria musical. Em 2021, lançou “Booty Down”, a primeira colaboração feminina pela label Mix Feed, rompendo barreiras e fortalecendo o movimento de mulheres na música eletrônica. Em 2023, fez história ao se tornar a primeira DJ de Santa Catarina a se apresentar no palco do Lollapalooza, um dos maiores festivais do mundo.

Nesta entrevista, Carol compartilha sua trajetória, inspirações, desafios e conselhos para novos DJs que desejam ingressar na indústria musical. Confira!
Como você começou sua carreira como DJ? Foi algo planejado ou aconteceu por acaso?
Comecei ainda na adolescência “brincando” no Virtual DJ no meu notebook. Logo depois, me tornei a DJ da galera, sempre levando uma caixa de som e tocando pelo software nos eventos. A paixão foi crescendo, e decidi fazer um curso profissional. Quando percebi, já estava tocando nas minhas primeiras festas.
Desde criança, eu já tinha uma ligação forte com a música. Aos oito anos, durante viagens ao litoral com meus pais, eu brincava de baixar e aumentar o volume do som do carro, sempre ouvindo música eletrônica. Meu amor pela música foi natural, mas só percebi que queria seguir carreira após os primeiros meses tocando em clubs em São Paulo e voltando para casa transbordando de felicidade.
Quem ou o que te inspirou a entrar no mundo da música eletrônica?
Minha maior inspiração veio das lembranças da minha infância, especialmente na época do Summer Eletrohits. Meus pais amavam música eletrônica, e isso influenciou diretamente o meu gosto musical e minha paixão por esse universo.
Você lembra do seu primeiro set? Como foi a experiência?
Sim! Meu primeiro show como DJ contratada foi abrindo um show da Cynthia Luz em São Paulo. Nesse dia, toquei um set de hip-hop e black music. Foi uma experiência inesquecível!
Quais são os artistas ou gêneros que mais influenciam suas produções?
Atualmente, tenho ouvido bastante BLOND:ISH, Arodes, PAWSA e AYYBO. Meus gêneros favoritos são House, Tech House e Afro House, mas gosto de explorar um pouco de tudo.
Como você decide quais músicas incluir em seus sets?
Eu adoro pesquisar novos sons! Faço isso ouvindo sets enquanto cozinho, na academia ou assistindo vídeos sobre o que a galera está tocando e ouvindo. Não sou muito de montar sets pré-definidos, gosto de manter meu Rekordbox bem organizado e sentir a vibe da pista na hora para montar a seleção.

Qual foi o projeto mais desafiador que você já enfrentou como DJ/produtora?
Acredito que a “Girls Night Out” foi um dos desafios mais marcantes da minha carreira. Criar uma label 100% feminina e levá-la para outros estados foi algo que me fez crescer muito.
Qual foi a apresentação mais memorável da sua carreira e por quê?
Com certeza, tocar no Lollapalooza em 2023. Foi o maior evento da minha carreira, e passei meses me preparando. O show foi 100% autoral, e eu estava muito nervosa, mas no final deu tudo certo!
Como você equilibra a rotina de viagens e eventos com sua vida pessoal?
Tento manter, na medida do possível, uma alimentação equilibrada e uma boa rotina de sono. A academia também me ajuda a manter o ritmo para os afters! (risos)
Que conselhos você daria para DJs iniciantes que querem entrar na indústria?
Saiba criar suas prioridades e descobrir qual é o seu diferencial. Foque nele! E o principal: nunca deixe de acreditar que, por ser mulher, você não pode alcançar o sucesso. A indústria musical ainda é majoritariamente masculina, então, para cada “não”, crie o seu próprio “sim”. Girls Can!
Quais foram algumas das maiores conquistas da sua carreira até agora?
Além de ter tocado nos principais festivais e festas do Brasil, já me apresentei para grandes marcas como Cartier, Louis Vuitton e Calvin Klein. Em Santa Catarina, meu estado natal, sou presença frequente no Green Valley e nas melhores casas de Jurerê Internacional.
Também me orgulho muito de ter sido a primeira DJ de Santa Catarina a subir no palco do Lollapalooza. Estive no festival pela primeira vez como espectadora em 2017 e, seis anos depois, voltei como atração. Foi uma grande conquista!

Para onde você quer levar sua carreira no futuro?
Quero continuar expandindo minha música para novos públicos e países. Já toquei na China, Croácia, Itália, Costa Rica, México, República Dominicana e Paraguai. Além disso, desejo seguir lançando faixas autorais e evoluir como produtora musical.
Alguma mensagem final para os seus fãs?
Quero agradecer a cada pessoa que acompanha meu trabalho, que dança comigo nas pistas e me apoia nessa jornada. Continuem acreditando nos seus sonhos e fazendo acontecer. Nos vemos na pista!