Os Estados Unidos dominam o ranking das cidades com maior número de milionários, segundo o Relatório das Cidades Mais Ricas do Mundo de 2024 da Henley & Partners. Nova York, mantendo-se firme em 1º lugar, abriga 349.500 milionários, 744 centimilionários e 60 bilionários, acumulando uma riqueza total de US$ 3 trilhões, superando a de muitos países do G20.
A Bay Area, incluindo São Francisco e o Vale do Silício, ocupa o 2º lugar, com um crescimento de 82% na última década, somando 305.700 milionários, 675 centimilionários e 68 bilionários. Tóquio, anteriormente líder, caiu para 3º lugar com 298.300 milionários, após uma redução de 5% na última década. Cingapura subiu duas posições para o 4º lugar, atraindo 3.400 novos milionários em 2023 e acumulando 244.800 milionários, 336 centimilionários e 30 bilionários.
Londres, que já foi a cidade mais rica do mundo, continua a perder terreno, agora em 5º lugar, com 227.000 milionários, 370 centimilionários e 35 bilionários, uma queda de 10% na última década. Los Angeles, por outro lado, subiu para a 6ª posição com um crescimento de 45%, totalizando 212.100 milionários, 496 centimilionários e 43 bilionários. Paris, a cidade mais rica da Europa continental, mantém-se em 7º lugar com 165.000 milionários, enquanto Sydney sobe para a 8ª posição com 147.000 HNWIs.
Dr. Juerg Steffen, CEO da Henley & Partners, destaca que o forte desempenho dos mercados financeiros, impulsionado por ganhos significativos em índices como o S&P 500 e a Nasdaq, além do Bitcoin, contribuiu para o aumento da riqueza. No entanto, ele alerta que riscos persistem, como exemplificado pela queda de 24% no número de milionários em Moscou devido à guerra na Ucrânia.
Na China, cinco cidades do continente figuram no Top 50, com Pequim entrando no Top 10 pela primeira vez após um crescimento de 90% na última década. Hong Kong e Taipei também se destacam. Shenzhen é a cidade que mais cresce no mundo para os ricos, com um aumento de 140% na última década.
No Oriente Médio, Dubai é a cidade mais rica da região, com um crescimento de 78% na última década, e está prestes a entrar no Top 20 global. Abu Dhabi, embora ainda fora do Top 50, apresenta um crescimento robusto de mais de 75%, indicando seu potencial futuro.
Apesar de nenhuma cidade africana ou sul-americana figurar no Top 50, o relatório identifica estrelas emergentes como Nairóbi e Cidade do Cabo, que viram aumentos de 25% e 20%, respectivamente, em suas populações de HNWIs.
Quanto às cidades mais caras do mundo, Mônaco lidera, com a maior riqueza per capita e preços de apartamentos superiores a US$ 35.000 por m². Nova York, Londres, Hong Kong, Saint-Jean-Cap-Ferrat e Sydney também estão no topo da lista, com preços elevados de imóveis de luxo.