Você poderá ver um número maior de Birkins pelo mundo nos próximos anos — se você (e as pessoas que conhece) conseguir colocar as mãos em uma, é claro.
A Hermès continua a expandir sua produção de bolsas na França diante do aumento expressivo nas vendas e da alta demanda. Para acelerar o ritmo de entrega dessas peças às mãos de seus clientes, a maison abrirá quatro novas fábricas no país, segundo informou a WWD.
Uma dessas novas unidades será um ateliê de marroquinaria em Colombelles, cidade localizada na região de Calvados, na costa norte do Atlântico. Esse será o 27º ateliê de artigos de couro da Hermès na França. Lá, a marca contará com 260 artesãos para dar vida a suas bolsas icônicas, como a Kelly e a Constance, conforme noticiado. Previsto para ser inaugurado em 2028, o espaço será construído em um terreno anteriormente industrial, onde funcionava uma metalúrgica encerrada em 2013.
Outra fábrica da Hermès deve ser inaugurada ainda este ano, em Isle d’Espagnac, no centro da França. Já para os próximos anos, está prevista a abertura de uma unidade de porte semelhante à de Colombelles em 2026, na cidade de Loupes (sudoeste do país), e outra fábrica com 260 artesãos programada para 2027 em Charleville-Mézières (no norte francês).
A maison de luxo começou 2025 em alta. O relatório de vendas do primeiro trimestre, divulgado na semana passada, revelou que a divisão de artigos de couro da Hermès teve um crescimento de 10% em relação ao ano anterior. Segundo o vice-presidente executivo de finanças, Éric du Halgouët, a marca iniciou o ano com “níveis baixos de estoque, especialmente em artigos de couro”, conforme reportado pela WWD. Nos três primeiros meses de 2025, as vendas da Hermès aumentaram 7% no total — um número abaixo das previsões dos analistas, mas ainda assim mais positivo do que o da LVMH, que registrou queda de 3% no mesmo período. A rivalidade entre as duas marcas ficou ainda mais acirrada na última semana, quando a Hermès ultrapassou a LVMH e se tornou a empresa de luxo mais valiosa do mundo.
A Hermès também anunciou que repassará aos consumidores dos Estados Unidos os custos adicionais referentes às tarifas impostas por Trump, a partir de 1º de maio. Até o momento, esses encargos estão fixados em 10%. Resta ver se essa medida terá algum impacto sobre a demanda crescente da marca.