Os viajantes de alto padrão podem ser capazes de voar de Londres para Sydney em apenas duas horas antes do final da década. Novas pesquisas realizadas pela Autoridade de Aviação Civil do Reino Unido (CAA) sugerem que os viajantes serão capazes de voar a velocidades supersônicas pelo espaço para chegar a grandes cidades mais rápido do que nunca, conforme relatado pelo The Times.
O estudo médico financiado pela CAA, publicado no periódico revisado por pares Aerospace Medicine and Human Performance, descobriu que a maioria das pessoas suportou bem as forças G de voos suborbitais. “As respostas fisiológicas provavelmente serão benignas para a maioria dos passageiros”, disse o Dr. Ryan Anderton, líder médico de voo da CAA.
Curiosamente, a pesquisa descobriu que os passageiros não precisariam estar em forma ou ser jovens para participar. Na verdade, pessoas mais velhas podem estar melhor preparadas para lidar com as viagens em alta velocidade. Anderton acrescentou que os idosos geralmente têm artérias um pouco mais “rígidas”, o que reduziria o acúmulo de sangue longe do cérebro.
A tecnologia também está decolando, com vários nomes importantes na corrida da aviação supersônica. O avião hipersônico Stargazer da Venus Aerospace, por exemplo, supostamente será capaz de voar a Mach 9 (nove vezes a velocidade do som) ou aproximadamente 6.905 mph para levá-lo de Nova York a Tóquio em uma hora. Já o jato comercial Mach 3 da Virgin Galactic será capaz de atingir 2.300 mph para transportar até 19 passageiros de Nova York a Londres em 90 minutos. (Outras empresas que estão tentando ressuscitar as viagens supersônicas incluem Boom Supersonic, Spike Aerospace e Lockheed Martin.) A desvantagem é que esses voos começarão com um preço alto, mas a CAA espera que eles se tornem mais baratos em breve e eventualmente se tornem “acessíveis a todos”.
“Voos comerciais suborbitais agora estão disponíveis para turismo e pesquisa científica, e espera-se que amadureçam para viagens extremamente rápidas de ponto a ponto, por exemplo, de Londres a Sydney em menos de duas horas”, diz o estudo.
É claro que será necessário muito trabalho para chegar a esse ponto. As respectivas empresas precisam superar uma infinidade de desafios de engenharia e cumprir regulamentações rigorosas do século XXI. Pelo menos sabemos que a humanidade estará pronta para embarcar quando chegar a hora.