Por Luiza Rodas
Há semanas em que Mônaco parece flutuar entre o céu e o mar. Durante o Rolex Monte-Carlo Masters, o pequeno principado vira palco não apenas de partidas intensas de tênis, mas de um espetáculo completo de estilo, energia e sofisticação. Abril é quando a cidade se enche de vida — e charme.

Passear pelas ruelas de Monte Carlo durante os dias do torneio é sentir a vibração de um lugar que vive o esporte como celebração. Os cafés ficam mais cheios, os terraços do Hôtel de Paris e do Hermitage tornam-se verdadeiros camarotes sociais, e há sempre uma chance de esbarrar com um tenista famoso tomando um espresso ou correndo à beira-mar. Alcaraz, Musetti, Rune… nomes que normalmente vemos só nas quadras aparecem por ali, despretensiosos, misturados à multidão elegante.
As manhãs começam com o som das ondas e o burburinho discreto dos barcos ancorados no porto. O clima é fresco, perfeito para caminhar pelas escadarias floridas que ligam o centro aos clubes. O Monte Carlo Country Club, com suas quadras de saibro avermelhado e vista para o azul infinito do Mediterrâneo, é de tirar o fôlego. Lá dentro, o tênis acontece, claro, mas o desfile fora das arquibancadas é igualmente fascinante: vestidos leves, chapéus de palha, tênis brancos impecáveis e muitos óculos escuros de grife.


À noite, Mônaco se transforma novamente. As reservas nos restaurantes são disputadas, os coquetéis fluem sob a luz quente dos lustres dourados, e a cidade vibra com um glamour que parece ter saído de um filme. Fica evidente: o Rolex Monte-Carlo Masters é menos sobre um torneio e mais sobre um estado de espírito. Uma fusão entre esporte e arte de viver.
Para quem tem o privilégio de vivenciar esse momento, não é apenas uma viagem. É uma imersão na sofisticação europeia em sua forma mais autêntica e ensolarada. E é impossível sair de Mônaco sem sentir que, por alguns dias, você também fez parte desse espetáculo — onde a arte do tênis inspira a apreciar a vida de forma certeira e consciente.

