Em um movimento que alia visão estratégica e rigor tecnológico, a Nissan do Brasil dá um passo firme rumo ao futuro da mobilidade com a profunda modernização de seu Complexo Industrial de Resende, no estado do Rio de Janeiro. Inaugurada há apenas 11 anos, a unidade já figurava entre as mais avançadas da marca japonesa no mundo. Agora, com investimentos que somam R$ 2,8 bilhões, passa a assumir um papel ainda mais relevante na arquitetura global da montadora ao se preparar para a produção da nova geração do Nissan Kicks.
A transformação vai além da estética e do desempenho do SUV que será fabricado ali. Trata-se de uma reformulação completa nos bastidores da manufatura. Das linhas de montagem ao desenho da logística interna, cada engrenagem foi repensada para acolher os novos paradigmas de eficiência, automação e sustentabilidade. Um salto industrial que reposiciona Resende como um centro de excelência no cenário automotivo nacional.
Para garantir a cadência e a qualidade necessárias, a fábrica de motores incorporou novos robôs, sensores e dispositivos de fixação específicos, como os usados no encaixe preciso do turbo, além de sistemas inteligentes de controle de torque e testes automatizados de desempenho. Já na área de Carroceria, a automação alcançou 85% do processo, impulsionada pela instalação de 98 novos robôs e por um redesenho estrutural que ampliou significativamente a flexibilidade e a precisão da montagem.
A sofisticação tecnológica, no entanto, não se limita às máquinas. A Nissan investiu também no capital humano: mais de 100 colaboradores brasileiros passaram por treinamentos especializados no Japão, México, Inglaterra e Estados Unidos, enquanto cerca de 40 engenheiros estrangeiros vieram ao Brasil para compartilhar expertise e acompanhar os ajustes finais da nova linha de produção.
Além da inovação tecnológica, a expansão trouxe impactos relevantes na geração de empregos e fortalecimento da cadeia produtiva. Foram criados 297 novos postos diretos e mais 400 contratações foram anunciadas para sustentar o ritmo da produção. A presença de 29 novos AGVs (veículos autoguiados) e a adoção de mais de 1.200 novos equipamentos evidenciam o salto em eficiência e segurança industrial. A complexidade logística da operação também ganhou novo fôlego, com a reorganização dos espaços de armazenamento e circulação de peças.
O novo Kicks, que será produzido em paralelo ao atual Kicks Play, simboliza a maturidade da Nissan em solo brasileiro. Seu desenvolvimento envolveu mais de 70 fornecedores e mobilizou cerca de 2.500 profissionais ao longo de dois anos de preparação. Como destaca Marco Biancolini, diretor sênior de Engenharia e Processos de Manufatura, “tudo foi pensado para garantir o nosso DNA japonês de qualidade e tecnologia com foco em oferecer a melhor experiência aos brasileiros”.
Desde sua inauguração em 2014, o Complexo de Resende já operava com um ciclo completo de produção – da estamparia à pista de testes. Mas é agora, em 2025, que ele atinge uma nova potência simbólica e operacional. Com aproximadamente 2.200 colaboradores diretos e mais de 3.000 profissionais ao todo, o complexo celebra seu 11º aniversário com uma nova missão: liderar, com excelência e inovação, a próxima era da indústria automotiva brasileira.
