Mesmo parado, o Honda Civic Touring já chama atenção. A décima geração deixou o sedã médio com um visual mais imponente e chamativo, que mistura traços de elegância a um desenho agressivo que inspira uma veia esportiva. E é nesse aspecto que a configuração de topo se destaca de verdade. Não há detalhes avermelhados ou adereços que expressem essa esportividade. Mas basta sair da inércia e movimentar o carro para perceber que ele é capaz de divertir seu condutor. Confira nossas impressões a seguir:
Design
O visual já destaca que o Civic agora é outro. Na dianteira, as linhas das entradas de ar, dos conjuntos óticos e dos vincos do capô convergem para o logo da marca, no centro da grade. O capô extenso insere uma ideia de “muscle car” e ajuda na percepção de esportividade que a marca busca transmitir com o novo design. Na lateral, linhas sinuosas destacam os para-lamas, que contornam as caixas de rodas. O caimento alongado do teto em direção à traseira, semelhante a um cupê, adiciona boa dose de charme ao perfil. Já a traseira está mais alta e com lanternas em leds, num formato parecido com o de um bumerangue.
O acabamento interno da versão mais completa é muito bem feito. Há revestimento de couro nas laterais e o painel conta com materiais agradáveis ao toque. O conforto é bom e o banco envolve bem o motorista. Para encontrar a melhor posição de direção, o ajuste elétrico possui acerto milimétrico para o condutor.
Performance
A 10ª geração do Civic chegou ao mercado com novidades. O novo motor 1.5 turbo gera até 173 cv a 5.500 rpm. Este motor traz uma série de recursos para redução de atrito, além de aprimoramentos no desenho e engenharia para combinar potência e baixo consumo de combustível.
Para quem quiser mais esportividade, basta colocar a alavanca no S e realizar as trocas nas borboletas atrás do volante. Nesse modo, a transmissão simula até sete marchas. Vale lembrar que no câmbio CVT não há marchas convencionais. As relações são infinitas e a caixa faz trocas constantes, sempre procurando manter o menor giro possível.
Tecnologia
Um dos destaques do modelo mais completo, o painel com tela de TFT reúne diversas informações úteis para o motorista. É possível ver o consumo, tempo de manutenções, informações de áudio e GPS, e até mesmo um gráfico da pressão do turbo para saber quando a turbina está cheia.
Um dos elementos mais interessantes do Civic Touring é a câmera instalada no retrovisor direito. Sempre que a seta para a direita é acionada, ela mostra o que está se passando do lado oposto ao que o motorista está. Isso praticamente elimina pontos cegos ou surpresas desagradáveis. Com o tempo, você deixa de olhar apenas para o retrovisor e passa a olhar também para a tela do sistema multimídia, que exibe as imagens da câmera.
Conforto
O espaço interno é outro ponto positivo do novo Honda Civic, que vem com porta-malas de 525 litros. Com o botão do freio de estacionamento elétrico também houve ganho de habitabilidade, já que foi possível encaixar mais porta-objetos no interior. Atrás, os dois ocupantes das pontas viajam sem aperto. O que for sentado no centro vai ter alguma dificuldade e acomodar os pés, já que o túnel da estrutura voltou a ficar um pouco mais alto.
Outro destaque, que é mais um mimo, o teto solar é exclusivo da versão mais completa. Porém, embora seja um item desejado por muitos consumidores, ele é pequeno e restrito somente a parte frontal da cabine.
Veredito
Em suma: o Civic evoluiu por completo, e aprendeu com os concorrentes ao oferecer itens que antes não existiam nem como opcionais e faziam falta ao modelo. O fato é que a geração 10 é a melhor apresentação do sedan japonês, e tem tudo para conquistar o consumidor que procura um modelo atual com desempenho satisfatório, baixo consumo, bom espaço interno e lista de equipamentos condizente com a categoria.