Após exposições de sucesso em Madri, Xangai, Cidade do México, Nova Iorque, Seul, Dubai e, mais recentemente, Milão, a Bulgari traz ao Brasil a celebração dos 75 anos de seu ícone Serpenti com uma colaboração especial entre a Maison e o artista multidisciplinar brasileiro Gabriel Massan. Seguindo a iniciativa artística internacional focada na imagem da serpente como fonte infinita de inspiração, a Bulgari colaborou com Massan para liderar um projeto criativo exclusivo para o mercado brasileiro apresentando obras de arte originais, intervenções digitais e instalações interativas únicas, todas sob a perspectiva única do jovem artista.
Sobre a Serpenti e sua história de sucesso, Massan diz “Como criador de mundos e possibilidades de vida, é inspirador que a criação de símbolos possa desbloquear universos capazes de serem compreendidos e observados de infinitas maneiras, assumindo formas nunca vistas.”
Entre as iniciativas artísticas lideradas por Massan para a Bulgari ao longo do segundo semestre está a instalação interativa itinerante, intitulada Infinite Tales. Apresentada a convidados na festa de celebração dos 75 anos do ícone de design Serpenti, a obra agora poderá ser vivenciada pelo público geral em São Paulo. O circuito irá estrear no JK Iguatemi no dia 27 de novembro e ficará no shopping até o dia 5 de dezembro.
Esta criação altamente inovadora permitirá que os visitantes entrem no universo da arte e sejam imersos no fascinante mundo da Serpenti. Posicionada ao centro da boutique Bulgari, a obra irá cativar com a sua majestosa projeção em formato circular, que apresentará uma dança hipnotizante de texturas geradas por IA, lindamente inspiradas na interpretação artística de Massan deste emblema atemporal. Este fluxo de luzes e movimento criará conjuntos únicos de cores e texturas sobre cada convidado, exibindo e registrando sobre eles imagens personalizadas. A experiência permitirá ao público sentir-se como arte viva e parte das narrativas dinâmicas em torno da Serpenti. Ao final, os visitantes receberão uma foto digital e impressa como cortesia. A instalação está aberta ao público, com funcionamento das 14h às 20h.
A COLABORAÇÃO CRIATIVA
Com esta colaboração, Gabriel Massan junta-se ao grupo global e eclético de artistas contemporâneos como Refik Anadol, Quayola, Daniel Rozin, Sougwen Chung, Cate M, e muitos outros, que desenvolveram trabalhos exclusivos dedicados à Serpenti, apresentando o ícone como uma fonte inesgotável de produção criativa.
Nascido na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, o artista de 27 anos conquistou reconhecimento internacional por trabalhos que unem tecnologia e inovação, como o uso de inteligência artificial, realidade aumentada, esculturas virtuais, interatividade e hologramas. Hoje vivendo como um cidadão do mundo, entre Londres, Paris e Berlim – o jovem enxerga na história da Bulgari e sua origem um vínculo forte que une as raízes da marca à sua arte e jornada pessoal: “Assim como Sotirios Bulgari, deixei minha cidade natal e meu país em busca de perspectivas para seguir meu sonho e espaços para desenvolver minha técnica na eterna imigração e expansão,” diz Massan.
Conhecido por celebrar a autenticidade, a diversidade e a individualidade, o poder da arte de Massan não se limita apenas à tecnologia, mas também evidência temas importantes como a consciência ecológica. Para esta colaboração, o artista se inspirou não apenas no legado da joalheria, tida como patrimônio cultural de Roma, mas também na riqueza natural do Brasil.
“Assim como a existência da Serpenti Bulgari é fascinante e única, representando uma potência de identidade e fonte inesgotável de inspiração, no Brasil também estimamos como patrimônio a espécie Corallus cropani, uma serpente marcante no mundo, vista apenas cinco vezes em toda a história. Memoráveis são as suas aparições, renascendo para nós a cada vez em que é avistada,” diz o artista.
Esta e outras serpentes brasileiras em necessidade de preservação e fundamentais para a ecologia – sendo polinizadoras, dispersando sementes de plantas e contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas – são a principal inspiração para o artista carioca nesta celebração dos 75 anos de Serpenti.
Com sua abordagem inovadora em NFTs e arte digital, Massan também desenvolverá três obras de arte inéditas, especialmente para a Bulgari, que serão leiloadas. Todos os lucros serão destinados a projetos sociais brasileiros que incentivam a inclusão de mulheres no mercado de tecnologia. Cada obra incorpora a essência da inovação e do luxo.
A EVOLUÇÃO DE UM ÍCONE
A história da Serpenti, transcendendo o tempo, o espaço e a criatividade, começou na relojoaria da Bulgari no final da década de 1940, quando a Maison explorou pela primeira vez a ancestral imagem da serpente em relógios-joia elegantes, a serem enrolados no pulso. Seu corpo composto por elos é trabalhado na habilidosa técnica Tubogas, unindo a ourivesaria magistral à fluidez inata do ícone. A faixa tubular maleável de metal precioso de inspiração industrial, obtida sem solda, foi um reflexo do espírito inovador da Bulgari e, portanto, naturalmente adequada a compor a identidade da Serpenti sempre voltada para o futuro.
A primeira metamorfose do símbolo ocorreu na década de 50, quando, com uma compreensão intuitiva das mudanças históricas e das últimas tendências estéticas, Serpenti evoluiu de um relógio funcional para um objeto precioso.
Nos anos 50, a serpente Bulgari começou a apresentar um estilo mais figurativo, com uma cabeça preciosa adornada com olhos de rubi, esmeralda ou diamante. Esta foi uma evolução que culminou nos anos 60, quando a libré da cobra se transformou em uma tela para experimentação criativa e suas escamas sedutoras foram articuladas com acabamento em pedras preciosas e esmaltação colorida. Foram nestes anos de experimentação que a Maison criou os primeiros relógios-joia secretos Serpenti, com mostrador oculto na cabeça.
Na década de 60, quando a Maison introduziu os primeiros colares da linha, o motivo continuou a evoluir em uma jornada de artesanato excepcional. Os modelos Tubogas ainda eram uma constante, mas nas novas versões o corpo flexível e sinuoso era coberto por escamas, cada uma feita à mão individualmente. As escamas desencadearam novas combinações de cores audaciosas e a introdução de materiais até então inusitados no mundo da alta joalheria, como os esmaltes policromáticos. A criação destas autênticas obras de arte exigiu um trabalho artesanal extraordinário: três dias de preparação para dar cor às escamas com pasta de vidro, enquanto a produção da peça completa exigiu em média 200 horas de trabalho. Por isso, o esmalte Serpenti rapidamente se tornou objeto de desejo entre colecionadores de todo o mundo e alcançou sucesso internacional, embora a produção nunca tenha ultrapassado as cem peças.
Em 1962, Elizabeth Taylor, quando estava em Roma, cidade natal da Bulgari, para filmar “Cleópatra”, adorava usar a pulseira-relógio Serpenti nos intervalos do set, como se fosse um precioso talismã que a mantivesse ligada à sua personagem, a lendária Rainha do Nilo. “A única palavra em italiano que Liz conhece é Bulgari”, disse Richard Burton durante os anos Dolce Vita. E, de fato, a atriz era uma grande fã das joias da Maison e sempre que ia a Roma nunca deixava de visitar a boutique histórica da Via Condotti.
Durante a década de 70 – que marcou também a conquista do mercado americano pela marca – o emblema Serpenti continuou sua evolução no mundo dos relógios, ao mesmo tempo que se firmou cada vez mais como joalharia, especialmente em colares. O estilo futurista das novas e infinitas interpretações dos designs Tubogas conquistaram um público de prestígio. Andy Warhol, um dos artistas mais influentes do século 20, ostentava uma Serpenti Tubogas de três voltas em sua coleção e disse sobre a Bulgari: “Quando estou em Roma, sempre vou à boutique Bulgari porque é o mais importante museu de arte contemporânea.”
A década de 1980 viu a marca adornar a linha de relógios Tubogas Serpenti com o logotipo “BVLGARI” gravado duas vezes ao redor do bisel. Esta combinação se deu após o sucesso do famoso relógio BVLGARI BVLGARI, lançado em 1977, no qual o logótipo era um elemento importante do design, um precursor da logomania dos anos 80. Esses modelos eram extremamente populares e usados por muitas celebridades em importantes ocasiões no universo da moda: a atriz Sophia Loren os exibiu nos tapetes vermelhos de todo o mundo e a divina Grace Jones até usou dois de uma vez, enquanto participava dos encontros mais badalados da época. O sucesso foi tanto que na década de 1990 foram lançados os anéis Serpenti Tubogas de três voltas com pedras preciosas.
Mais recentemente, Serpenti continuou a evoluir através de interpretações cada vez mais estilizadas, exaltando as escamas da cobra numa temática hexagonal extremamente contemporânea. Nos anos 2000 a linha Serpenti foi enriquecida por fascinantes interpretações de bolsas e acessórios e a partir de 2021 o ícone compõe pulseiras, anéis e pingentes da coleção Serpenti Viper com seu design forte e escamas inconfundíveis.