As maiores pretensões da Jeep foram depositadas no menor utilitário-esportivo já feito pela marca. Com 4,23 m de comprimento e 1,79 m de largura, o Renegade, teve em 2015 a missão de se tornar o SUV compacto mais vendido do mercado brasileiro. Essa missão se provou um sucesso, o mini-suv despontou por meses como o carro mais vendido no Brasil em sua categoria, alternando a liderança com seu irmão maior, o Jeep Compass.
Com pouco mais de um de reestilização, o Jeep Renegade chegou às lojas em sua linha 2020 com mudanças. O modelo ganhou uma série de novidade em termos de equipamentos para variadas versões.
Jeep Renegade Longitude Diesel
Atualmente, o Renegade tem apenas duas versões a diesel: a Longitude (R$ 127.990) e a Trailhawk (R$ 138.990). Ambas estão equipadas com o câmbio automático de nove marchas. O modelo é um dos poucos SUVs raiz do mercado brasileiro. Embora seu projeto seja recente, o destaque do modelo vai muito além do motor a diesel e da tração 4×4, duas características que a maioria dos SUVs abandonaram. Na verdade, ele tem tudo que caracteriza um SUV raiz: motor a diesel, tração 4×4 com reduzida, grande vão livre do solo, posição de dirigir elevada, interior com teto bem alto e linhas quadradas. Recentemente testamos a versão Longitude, que é, digamos, a versão “civil” com tração 4×4. Ao contrário do Trailhawk, que tem pneus de uso misto, para pegar barro pesado, o Renegade Longitude tem pneus para uso em asfalto e terra batida. A diferença é que é muito mais confortável na estrada.
Design
Robusto, corajoso, estiloso são alguns adjetivos que se encaixam bem no modelo mais vendido da Jeep no mercado brasileiro. O design clássico foi revisitado durante o facelift de 2018 e para o modelo atual, segundo a marca, a principal novidade é a chegada das lanternas traseiras de LED, que passam a ser item de série desde a versão Longitude Flex. “Elas dão um toque mais moderno ao design mas sem perder as referências à história da Jeep, graças ao formato quadrado – herança aplicada também no Wrangler – e ao “X” estilizado, que remete aos traços dos galões de combustível dos antigos Jeep Willys militares, chamados de ‘jerry can’”. Na dianteira, o Renegadade também ganhou faróis e lanternas em LED. Em toda a linha, a grade mudou sutilmente e ficou com perfil pouco mais baixo que a seção dos faróis.
Interior
Por dentro ,o painel recebeu nova tela de toque de 8,4 polegadas para a central de áudio Uconnect, com integração a celular por Android Auto e Apple Car Play. Os botões de áudio e ventilação foram refeitos, lembrando os do Compass, e pode-se ajustar o ar-condicionado pela tela superior. Este foi aprimorado para reduzir em 20% o tempo de resfriamento da cabine em qualquer versão. A segunda entrada USB, que ficava no porta-objetos central, agora está voltada para os passageiros traseiros.
No quesito conforto, tudo parece ter sido desenhado de forma muito cuidadosa. Bancos, painéis de porta, volante e manopla são revestidos em couro e o material de qualidade utilizado em outros pontos da cabine tem uma textura em soft touch, como se emborrachado fosse. Na frente, motorista e passageiro vão bem acomodados em bancos de posição elevada e formato anatômico. As abas laterais do encosto e do assento ajudam a manter o corpo firme. O banco do motorista tem ajuste de altura, mas não traz regulagem lombar. O volante também pode ser ajustado em altura e distância, ajudando a encontrar a melhor posição de dirigir.
Entretanto, um ponto que devemos mencionar é o tamanho do porta-malas. Nesta versão ele é menor e conta com apenas 273 litros, em em função do estepe ter o tamanho convencional.
Performance
Na mecânica, porém, a marca não mexeu. O motor 2.0 com 170 cv e 35 kgfm, é ideal para o Renegade. Muito forte e ostentando o tradicional e inconfundível ruído do diesel, mas sem incomodar, o conjunto esbanja torque em baixas rotações, com respostas firmes nas arrancadas e retomadas de velocidade. O câmbio automático de nove velocidades garante mudanças sem trancos, garantindo o melhor aproveitamento da força do motor. Ele reduz quando entende que o motorista precisa segurar o jipinho nas descidas. A troca de marchas pode ser feita também manualmente nas aletas atrás do volante ou na alavanca do câmbio, deixando o carro ainda mais na mão. No quesito consumo, o computador de bordo registrou um eficiente consumo de 11km/l na cidade e 14km/l na estrada. Este é um dos maiores diferenciais deste modelo.
Em nosso veredito, o Jeep Renegade Longitude 2.0 provou ser um SUV raiz. Mesmo sem contar com os pneus de uso misto (disponíveis apenas na Trailhawk) é uma compra muito mais recomendada do que as versões com motor 1.8 flex. Além de fazer aquele barulhinho característico, mas que não invade em excesso a cabine, o motor a diesel dá ao Renegade seu maior charme e vantagem dentro do vasto mercado de SUVs. Divertido e potente, é sem dúvidas uma das melhores escolhas da categoria.