O Audi TT é um dos carros mais icônicos produzidos na história da Audi. Lançado originalmente em 1997, foi o primeiro coupe produzido em série da marca alemã, pavimentando o caminho para a chegada do superesportivo R8, em 2007. Feito sobre a mesma plataforma do A3 e do Volkswagen Golf, o TT sempre combinou estilo marcante com carroceria, compacta, leve e ágil.
A terceira geração do TT chegou ao território nacional em 2015, mais leve, tecnológica e equipada com motor 2.0 turbo de 230 cv e tração dianteira. Já são atributos suficientes para uma condução excitante, mas a Audi sempre lança versões RS dos seus modelos mais importantes, trazendo muito mais potência e capacidade de acelerar na pista.
Aceleramos o esportivo e pudemos comprovar que o coupe não está para brincadeira com seu motor 2.5 turbo de cinco cilindros, capaz de render 400 cv de potência e 48,9 kgf.m de torque a 1.700 rpm. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e sete marchas, com tração integral Quattro.
A unidade testada era pintada no chamativo Lime Green, um tom vendido pelo programa Audi Exclusive a qualquer um disposto a pagar mais R$ 30.000 e esperar até seis meses pela chegada de seu carro.
Design
O visual é dos grandes diferenciais do coupe. Ele exibe um desenho atraente e, ao mesmo tempo, intimidador. A grade frontal com acabamento em preto brilhante traz o logotipo quattro na parte inferior, além de moldura com padrão de aço escovado. O para-choque conta com duas generosas tomadas de ar nas laterais e um defletor (também com acabamento de aço escovado) realça a esportividade. Os faróis de LED e o emblema dos quatro anéis na tampa do motor completam o visual. Detalhe: nada parece exagerado, todos os detalhes são discretos e de bom gosto.
Na traseira, o já tradicional aerofólio fixo tem função aerodinâmica – não é apenas enfeite –, e na parte inferior, o difusor, além de bonito, também contribui para aumentar a estabilidade do cupê em altas velocidades. De quebra, ainda embeleza uma parte quase sempre desprezada pelos designers, ao formar um conjunto com os belos escapamentos com ponteiras ovais e acabamento em preto brilhante da linha RS.
Conforto
Por dentro, o espaço é suficiente para dois ocupantes (embora a montadora anuncie quatro). A suspensão esportiva reforça a condição de carro de pista, pois o compromisso é mesmo com a dirigibilidade e esportividade.
Em compensação, os dois felizardos não terão do que reclamar. A ergonomia – como é de se esperar em um modelo desses – é perfeita e o TT RS ainda oferece mimos como ar-condicionado automático, controlador de cruzeiro adaptativo, Audi Drive Select (que permite ajustar direção, suspensão e as respostas do motor para diferentes estilos de condução), quadro de instrumentos digital (Virtual Cockpit) e acabamento com detalhes de fibra de carbono, entre outros.
O volante com base achatada é revestido de couro Alcantara e o carro ainda conta com equipamento de som Bang & Olufsen e sistema multimídia com memória interna para 10 GB, compatível com Android Auto e Apple CarPlay e navegador incorporado. O motorista pode visualizar as principais informações pelo Virtual Cockpit.
Performance
Logo na primeira pisada no acelerador, fica evidente que as letras RS não estão no carro por acaso. Com 400 cv, o TT RS ganhou 40 cv em relação ao anterior, que já era bem forte. O motor, totalmente evoluído a partir do conceito básico do antigo 2.5 de cinco cilindros, também é bem moderno. O zero a 100 em 3,7 segundos o aproxima de superesportivos e a ótima relação peso/potência de 3,6 kg/cv é um bom indicador da ferocidade do modelo. O torque aparece logo aos 1.700 giros e promove arrancadas convincentes. A potência máxima só aparece perto dos 6 mil giros, o que dá um enorme apetite por velocidade.
A tração Quattro, combinada com os largos pneus de 19 polegadas, a asa traseira e as suspensões mais baixas, fazem o carro ser um devorador de curvas, bem postado e dono de uma aderência impressionante, permitindo acelerar mais cedo na saída de curva. O sistema eletrônico de vetorização de torque também faz a diferença, ajustando a tração das rodas internas à curva para contorná-la com mais suavidade e aderência.
Ficha técnica
Motor: Dianteiro, transversal, 5 cil. em linha, 2.5, 20V, turbo, gasolina, injeção direta e indireta
Potência: 400 cv entre 5.850 rpm e 7.000 rpm
Torque: 49 kgfm entre 1.700 e 5.850 rpm
Câmbio: Automático de dupla embreagem e 7 marchas, tração integral
Direção: Elétrica
Suspensão: McPherson (diant.) e Multilink (tras.)
Freios: Discos ventilados (diant. e tras.)
Pneus: 245/35 R19
Dimensões
Compr.: 4,19 m
Largura: 1,83 m
Altura: 1,34 m
Entre-eixos: 2,50 m
Tanque: 55 litros
Porta-malas: 305 litros (fabricante)
Peso: 1.440 kg
Central multimídia: 12,3 pol., integrada ao quadro de instrumentos, não é sensível ao toque