Às vésperas da cerimônia de premiação dos melhores restaurantes do mundo, que acontece no dia 19 de junho em Turim, na região italiana do Piemonte, a organização do The World’s 50 Best Restaurants divulgou a lista ampliada dos estabelecimentos classificados entre as posições 51 e 100 da edição de 2025. Patrocinado por S.Pellegrino e Acqua Panna, o ranking deste ano celebra a diversidade e a inovação da gastronomia global, com representantes de 25 países, 37 cidades e seis continentes.
A seleção é baseada nos votos de 1.120 especialistas independentes do universo gastronômico, incluindo chefs de renome, jornalistas especializados e viajantes com olhar atento. Estes profissionais compõem a academia da premiação, responsável por reconhecer os restaurantes mais influentes do mundo. A lista principal, com os cinquenta primeiros colocados, será revelada ao vivo em duas semanas.

Entre os destaques da seleção ampliada estão 12 novas entradas de cidades tão distintas quanto São Paulo, San Francisco, Macau e Tulum. A mais alta estreia foi do restaurante Arca, em Tulum, que alcançou a 67ª posição. Já a cidade de Queenstown, na Nova Zelândia, aparece pela primeira vez na história do prêmio com o Amisfield Restaurant, na 99ª colocação.
O Brasil se consolida como um dos centros gastronômicos mais expressivos da América do Sul, com três representantes paulistanos na lista. O Tuju, que estreia na 70ª posição, e o Evvai, em 95º lugar, somam forças à consagrada A Casa do Porco, que figura na 83ª colocação. O Rio de Janeiro também aparece com o restaurante Oteque, que ocupa a 81ª posição.


A Europa mantém sua força histórica com 20 restaurantes na lista. A Dinamarca emplaca duas casas em Copenhague, Jordnær e Koan, nas posições 56 e 91. A Espanha também se destaca com o Cocina Hermanos Torres, Txispa, Quique Dacosta, Aponiente e Mugaritz. A Alemanha marca presença com quatro estabelecimentos, entre eles o Tim Raue e o Nobelhart & Schmutzig, ambos em Berlim. Outros nomes europeus notáveis incluem Schloss Schauenstein, na Suíça, Hiša Franko, na Eslovênia, Le Doyenné, na França, e Neolokal, na Turquia.
Na Ásia, Tóquio se sobressai com Den e Sazenka. Mumbai aparece com o inovador Masque. Xangai se faz presente com Fu He Hui e Meet the Bund. Seul brilha com o Onjium, enquanto Macau celebra a entrada do Chef Tam’s Seasons. Singapura mantém sua relevância com Burnt Ends e Labyrinth.

A África vem representada por três restaurantes localizados em Cidade do Cabo: La Colombe, Fyn e o estreante Salsify at the Roundhouse. A Oceania registra duas presenças, com Saint Peter em Sydney e a estreia neozelandesa do Amisfield Restaurant.
A América do Norte continua forte com nomes como Atelier Crenn, de San Francisco, e Le Bernardin, de Nova York. Novos entrantes como Huniik, em Mérida, e César, também em Nova York, expandem o olhar para outras regiões do continente. O México reforça sua presença com o Pujol, na Cidade do México, e o Alcalde, em Guadalajara. Já os Estados Unidos também marcam presença com o SingleThread, em Healdsburg.
Na América do Sul, além do protagonismo brasileiro, a Colômbia figura com dois importantes restaurantes em Bogotá, El Chato e Leo. O Peru aparece com o Mil, em Cusco, e o Equador, com o Nuema, em Quito. A pluralidade de vozes e tradições da região está claramente representada.

William Drew, diretor de conteúdo do The World’s 50 Best Restaurants, afirmou que a lista ampliada deste ano é um verdadeiro tributo à gastronomia mundial. Para ele, a inclusão de restaurantes de seis continentes e 25 países, dois a mais do que no ano anterior, reflete um cenário mais diverso e dinâmico. Destacou ainda a estreia da Nova Zelândia na lista como um marco relevante e celebrou a presença de 12 novos restaurantes entre os classificados.
A cerimônia de premiação acontecerá no Lingotto Fiere, em Turim, e será transmitida ao vivo pelo canal do 50 Best no YouTube, a partir das 20h no horário local. A celebração será precedida por uma série de eventos, incluindo o fórum #50BestTalks, as Signature Sessions com experiências gastronômicas abertas ao público e o tradicional Chefs’ Feast, que valoriza os ingredientes e técnicas do Piemonte.

Mais do que uma prévia da lista principal, a seleção entre os lugares 51 e 100 reafirma o poder transformador da gastronomia contemporânea. São casas que não apenas alimentam, mas contam histórias, desafiam fronteiras e oferecem experiências que ecoam muito além do prato. Em um mundo em constante movimento, a culinária segue como uma das mais sensíveis formas de expressão cultural e humana.